segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
antropologia do fazer rir
realmente a cada dia me deparo com um horizonte masi vasto sobre a presenca do riso e do risivel como objeto de estudo, seu uso nao so na cena, mas no discurso, em acoes trasngressoras e rebeldes, nos jogos e brincadeiras, nas imagens publicitarias, na conversa de amigos, na reproducao de preconceitos, enfim descobrindo seu uso e abuso, sua capacidade de fazer jorrar sentido onde a palhavra nao chega, no proprio exercicio filosofico que quando o analisa se depara com a noção do impensavel, uma reflexao recorrente sobre o antinomio ordem desordem se revela, como fazemos tambem na estrutura cenica comica, estabelecemos um padrao para rompe-lo, construindo assim o sentido do ato comico, o ze fez um estudo muito bacana sobre os padroes de chiste definidos por freud e vemos que eles encontram congruencias com outras analises feitas, seja entre os indicos, analisados por pierre clastres que observa esta possibilidade de brincar com o temor aso veneraveis mitos, em bakhtin que aponta a existencia de um canone comico presente na liturgia catolica medieval, mesmo em bataille que assume o riso como o apice do pensamento filosofico, agora quero associar estes olhares sobre o risivel como objeto com um possivel estudo sobre os que fazem rir, quer dizer, como engendram estes arquetipos e devires comicos em seus procedimentos e quando o fazem em ultima instancia o que buscam , um tipo de ritual comico que envolve o publico, uma demarcacao de sentido que libera estes efluvios repressores, enfim , o que podemos inferir em termos antropologicos sobre este impuslo, esta iniciativa de fazer rir, nao so como uma referencia de oficio que acumula e supera a propria tecnica mas tambem como desejo, impulso, ritual, enfim, expandir ainda mais nossas nocoes sobre o mundo do riso e da pilheria.
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